Alunos de Araucária têm cuidados especiais na merenda: aqueles com doenças alimentares, contam com cardápios exclusivos diariamente

Dos 8.231 alunos da rede municipal de Araucária atendidos pelo Grupo Risotolândia, 47 precisam de alimentação especial todos os dias. Buscando o desenvolvimento saudável de todas as crianças, em especial as com restrições alimentares, a empresa – a maior do setor de refeições coletivas do Sul do Brasil – desenvolveu uma cozinha especial para atender as necessidades alimentares destes alunos. O diferencial é que nesta cozinha não são utilizados os mesmos equipamentos ou ingredientes das merendas comuns, garantindo total segurança dos alimentos.

Para quem não sabe, a intolerância alimentar ocorre quando o corpo tem dificuldades para digerir alguma substância presente nos alimentos. A repetição de sintomas como náuseas, dificuldades respiratórias, alergias e problemas digestivos podem ser sinais de intolerância, particularidade que pode interferir negativamente no desenvolvimento das crianças. “Algumas delas são extremamente graves e pequenos traços de alergênicos podem comprometer seriamente a saúde. Para quem sofre de doença celíaca, por exemplo, qualquer resquício de farinha no ar pode ser prejudicial”, explica Emily Reda, nutricionista responsável pelo setor de dietas da Risotolândia.

Das dietas especiais oferecidas pela Risotolândia, a grande maioria vai para crianças intolerantes à lactose. “Cada pessoa tem um nível de tolerância oral à lactose, isto é, o quanto uma pessoa tolera de lactose é diferente do quanto outra tolera. Existem intolerantes que comem queijo, outros não conseguem. A melhor forma de identificar a intolerância é através de um médico e por meio de exames laboratoriais”, indica a nutricionista.

Cardápios diferenciados para os alunos

Atualmente são 10 cardápios diferentes, focados nas especificidades de cada restrição. Emily Reda explica que a dieta mais delicada produzida na cidade é para crianças que tem LES (Lupus Eritematoso Sistêmico), uma doença autoimune que atinge, principalmente, os rins da criança. “Uma alimentação com moderado teor energético e proteico, mas rica em vitaminas, minerais e ácidos graxos pode auxiliar no controle do quadro inflamatório da doença e das complicações dos medicamentos”, explica a nutricionista.

Mais do que auxiliar na manutenção da saúde dos alunos, a Risotolândia se preocupa em fazer um cardápio semelhante ao das outras crianças, para que não haja nenhum tipo de diferença entre elas, estimulando a valorização da diversidade e o respeito ao próximo. “Na infância temos as nossas primeiras descobertas alimentares e a restrição, muitas vezes, faz com que as crianças tenham medo. O que fazemos, através das dietas especiais, é auxiliar as crianças a redescobrirem o prazer de se alimentar de uma forma saudável e nutritiva junto aos seus colegas”, completa Reda.

Como funciona?

Os pais, ao matricularem seus filhos que têm alguma patologia nas escolas, passam por um médico que emite um laudo sobre a doença dos pequenos. O laudo é encaminhado à nutricionista da Secretaria Municipal de Saúde da cidade que, em conjunto com o time de nutrição da Risotolândia, elabora um cardápio especial para aquela criança. “Isso é resultado da ação conjunta de pais, professores, escolas e médicos. Gostamos de pensar que não fornecemos apenas alimentação, mas sim saúde e qualidade de vida: fatores essenciais para o rendimento escolar e o bom desenvolvimento infantil”, finaliza a nutricionista.

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