Empreendedorismo e Aprendizagem são incentivados e valorizados na comunidade PCD

O último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, mostrou que quase 24% da população brasileira tem algum tipo de deficiência. Nessa mesma pesquisa, segundo a Secretaria da Família e Desenvolvimento Social, só no Paraná, o número de PCD´s é de 22%. Mas, uma das questões quando se envolve a expressão “pessoas com deficiência” é o real significado disso: o que é uma deficiência? Quais são os graus, tipos e complicações? Afinal de contas, quem são os PCD´s?

Considerando os dados do Censo, o IBGE lançou em 2018 Panorama Nacional e Internacional da Produção de Indicadores Sociais, onde muda a forma de interpretar uma deficiência com diferentes indicadores: “nenhuma dificuldade”, “alguma dificuldade”, “muita dificuldade” e “não consegue de modo algum”. Dessa forma, a porcentagem passou para 6.7% de pessoas com deficiência no país.

A nova margem de corte demonstra que por mais que uma pessoa PCD seja classificada como tal, existem atividades que ela pode ter “nenhuma, pouca ou alguma dificuldade”, tendo talentos e funções que podem exercer independentemente de suas características “especiais”. É pensando nisso que o paranaense Grupo Risotolândia, especializado nas refeições coletivas e que conta com PCD´s em seu quadro de colaboradores, apoia o Projeto Empreenda da ASID – Ação Social para Igualdade das Diferenças. O objetivo, além de profissionalizar o talento de PCD´s e suas famílias, é fomentar o empreendedorismo e gerar aumento de renda para essas pessoas.

As parcerias de empresas locais, como é o caso da Risotolândia, em Araucária (PR), são importantes para o bom funcionamento do projeto, pois, de acordo com a ASID, “o que o sustentará é a criação de capital social, ou seja, o fortalecimento de conexões e interação social de atores de diferentes envolvimentos no projeto todo”. De acordo com o diretor-presidente do Grupo, Carlos Humberto de Souza, “participar dessa ação que abrange 22 famílias da comunidade com foco em empreendedorismo é único. Dar a possibilidade de aulas para que eles cresçam, aprendam e, principalmente, mudem a sua realidade ou até criem um negócio próprio, deve sim ter a nossa atenção e apoio”.

Dentro do projeto, a Risotolândia ministra dois cursos: boas práticas de fabricação e reaproveitamento de alimentos para formação dos participantes. Para isso, são feitas visitas na sede da empresa e o encerramento se dá com a participação na banca avaliadora dos projetos de empreendedorismo.

Com início em março de 2019, o projeto conta com 7 aulas, de 3h30 de duração cada, todas as sextas-feiras. Os 17 participantes, que primeiramente passaram por um mapeamento, passam por aprendizagens em três módulos: social, econômico e ambiental. Depois das aulas, acontece uma banca para avaliar os projetos desenvolvidos pelas famílias e também entrega de certificado aos participantes, o que faz Carlos ainda complementar que a participação da empresa no projeto está quase chegando ao fim, pois “a ideia é que nós, voluntários, junto com a ASID, façamos o acompanhamento durante 6 meses de ação e, depois disso, devemos sair de cena e deixar a interação dos projetos das famílias acontecerem organicamente”, finaliza Carlos.

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