TDAH e Açúcar: verdade ou mito?
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico caracterizado por desatenção, impulsividade e hiperatividade. Ele pode impactar o desempenho escolar, o comportamento social e até a vida profissional.
Um dos mitos mais comuns é a ideia de que o consumo de açúcar está diretamente ligado à hiperatividade e ao agravamento do TDAH. Essa crença circula entre pais, educadores, profissionais de saúde e gestores corporativos, mas será que é mesmo verdade?
O que dizem as pesquisas científicas

Pesquisas de referência, como as publicadas no Journal of the American Medical Association (JAMA), mostram que não há evidência científica de que o açúcar cause ou agrave o TDAH.
Ainda assim, estudos apontam que dietas ricas em açúcar e ultraprocessados podem prejudicar indiretamente o desempenho, pois afetam energia e regulação emocional. Isso é relevante em diferentes contextos:
- Escolas: alunos podem ter mais dificuldade de concentração e maior irritabilidade.
- Hospitais: pacientes pediátricos podem ter comportamento alterado e menor adesão ao tratamento.
- Empresas: colaboradores podem apresentar queda de produtividade e fadiga.
Alimentação e manejo do TDAH

Nutrientes que favorecem foco e concentração
Uma alimentação nutritiva é fundamental para apoiar o desempenho de pessoas com TDAH em qualquer ambiente. Nutrientes-chave incluem:
- Ômega-3: presente em peixes, chia e linhaça, associado a melhor atenção.
- Proteínas magras: ovos, frango, feijão, que ajudam na regulação da energia.
- Vitaminas do complexo B: grãos integrais, verduras e legumes, essenciais para funções cognitivas.
- Ferro e magnésio: carne magra, leguminosas, folhas verdes, ligados à concentração e ao humor.
Alimentos que podem prejudicar o desempenho
O consumo frequente de alimentos como:
- refrigerantes e sucos industrializados,
- doces, bolachas e guloseimas,
- ultraprocessados ricos em corantes e conservantes,
podem causar oscilações de energia, irritabilidade e redução da capacidade de foco, impactando o aprendizado, a recuperação clínica e até a produtividade no trabalho.
Recomendações práticas em diferentes contextos
Nas escolas
- Oferecer frutas frescas e naturais no lugar de sobremesas açucaradas.
- Reduzir bebidas açucaradas, priorizando água e sucos naturais.
- Garantir lanches balanceados com proteínas e fibras.
Nos hospitais
- Priorizar cardápios leves e nutritivos que auxiliem a recuperação.
- Evitar alimentos ricos em açúcar, que podem comprometer o sono e o comportamento de crianças em tratamento.
- Adaptar refeições conforme as necessidades individuais dos pacientes.
Nas empresas
- Incentivar opções de lanches saudáveis nos refeitórios e cafeterias.
- Reduzir a oferta de bebidas adoçadas, estimulando a hidratação com água.
- Incluir opções ricas em fibras e proteínas para manter energia estável ao longo do expediente.
Concluindo,o açúcar não causa TDAH, mas seu consumo excessivo pode atrapalhar o desempenho, o bem-estar e a qualidade de vida de crianças, adolescentes e adultos. Em escolas, hospitais e empresas, a chave está em oferecer uma alimentação equilibrada e nutritiva, capaz de sustentar energia, foco e concentração.
Na Risotolândia, cuidamos da alimentação em diferentes ambientes com a mesma dedicação: oferecer cardápios balanceados, saborosos e alinhados às necessidades de cada público. Assim, contribuímos para o aprendizado, a recuperação e a produtividade de milhares de pessoas todos os dias.
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Referências
- Wolraich ML, et al. The effect of sugar on behavior or cognition in children. JAMA. 1995.
- Nigg JT, et al. Nutrition and ADHD: Review and future directions. Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatry. 2012.
- Hariton E, et al. Diet and attention deficit hyperactivity disorder: A review. Harvard Review of Psychiatry. 2018.